sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Há tempo para tudo: ser mãe

Depois de longos cinco anos, fecho um ciclo que me custou muito suor e algumas lágrimas. Foi um projeto grande e demorado que tomou tempo de outros projetos tão importantes quanto, e agora me vejo correndo com o tempo para poder realizar as outras metas que me coloquei.
Quando falo correr com o tempo é pela certeza que tenho que não há como fazê-lo desacelerar, nem tão pouco, parar, assim, me encontro vivendo uma nova relação de espera, investimento e preparação e confiante para poder agora desempenhar da melhor forma que me couber: ser mãe.
Como antropóloga, acredito que não exista instinto maternal. Caso ele existisse, as mulheres não seriam capazes de desprezar seus próprios filhos, seja ainda no ventre ou depois de nascidos. Mas, sei que algumas mulheres nasceram para realizar esse papel e vivenciar uma história na qual o protagonismo principal lhe cabe. 
A vontade de ser mãe é particular em cada mulher. Algumas sempre sonharam com isso, outras nunca desejaram e ainda tem aquelas como eu, que dependendo do momento, lutariam com todas as forças para realizar o seu desejo. Confesso que aos 15 anos me assustava a ideia de ser mãe. Aos 20 eu já também não queria interromper minha vida acadêmica para me dedicar a outro ser. Aos 25 anos sonhava em ser mãe e ansiava encontrar o pai perfeito do meu bebê. Aos 30 anos a vontade já tinha diminuído e ido embora definitivamente. Foi quando perto dos 35 a vontade retornou e aí, o relógio biológico já não me era tão favorável.

Descobri que não sou a única mulher que adia os planos da maternidade aguardando o homem ideal para pai, o emprego perfeito para sustento da nova família, a casa maior para abrigar o novo membro ou até mesmo a realização acadêmica.
Hoje não me arrependo de ter postergado essa tarefa belíssima, mas sinto muito que não tenha o mesmo vigor, saúde e disposição de quando tinha apenas 25 anos. Mesmo assim, hoje me coloco como uma paciente pré-grávida e resoluta a manter o foco na maternidade. Casei quatro anos atrás e desde então adiei o máximo a decisão desse momento, mesmo quando meu esposo pedia por um novo filho, ou uma filha.
O primeiro passo que tomei foi encerrar as minhas demandas acadêmicas para poder me preparar para os novos aprendizados sobre a futura condição. Afinal, ser mãe é um curso de formação ao longo da vida, que quanto mais informado e seguro se estiver, melhores serão os resultados ou as soluções para as dificuldades que apareçam.
Em segundo lugar, procurei minha médica e lhe pedi as primeiras orientações e exames. A partir dos primeiros resultados é que terei uma dimensão de quanto tempo poderei levar até minha primeira gravidez ou até mesmo se deverei ser mãe de coração.

Bem, agora é entrar numa dieta, voltar para prática de exercícios, me desfazer de um monte de coisas que ocupam o espaço que preciso reservar para a chegada do meu futuro bebê.
Pedir proteção de Papai Celestial é fundamental, pois só Ele sabe que há tempo para tudo.

Um grande abraço e muita luz para vocês.



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