terça-feira, 22 de novembro de 2016

O ano da separação


2016 foi um ano de rupturas, quebra de paradigmas e mudanças de toda ordem, mas um dos elementos mais comentados na área dos relacionamentos foi a quantidade de separações, iniciadas no mundo das celebridades, mas também mais comuns no cotidiano nosso de cada dia, atingindo pessoas amigas, parentes e colegas de trabalho.
 

Eu já passei pela ruptura de um relacionamento longo e de fato, aprendi que o tempo é o melhor remédio. Olhando por outro lado, percebo que algumas separações são necessárias, pois no caso das famílias, alguns casais se juntam apenas para dar o melhor de si para os filhos e por essa razão, quando eles não se afinam mais, é melhor a separação do que um casamento conflituoso que faz mais mal do que bem para todos e todas.

Por mais dolorosa que ela seja, a separação as vezes é o ponto final de uma missão que começou na concepção dos filhos, mas que se faz urgente para que cada um busque novos sentidos e outras metas em sua vida. Meu objetivo aqui não é fazer a apologia do divórcio ou da separação, mas lembrar que a ruptura também é importante para que cada parte recomece uma nova jornada.
 

Inicialmente, cada um precisa reaprender a viver consigo mesmo. Dividir a vida com outra pessoa é muito mais do que dividir uma cama ou um sofá, por isso é importante relembrar quem a pessoa era antes do outro, o que ela fazia quando estava sozinha em casa, que gostos possuía e que não lembra mais, quais amigos eram mais chegados e por qual motivo eles não são mais.
 

A chave para o recomeço está dentro de cada um. Tenho certeza que se você se reconectar com sua essência, algumas gavetas do passado vão ser reabertas e vai lembrar que você pode continuar existindo, depois da separação, até porque todo mundo começa sua jornada sozinho e precisa continuar sua trajetória por si mesmo ou pelos filhos que são o resultado do relacionamento.

Eu penso que se um dia eu me separar de meu marido, eu faço desse mau momento uma nova oportunidade de me reinventar, mudo a cor do cabelo, mudo de casa, quem sabe de cidade, mas precisamos nos reequilibrar de alguma forma e se não for possível fazer isso só, buscar ajuda de um especialista para ajudar nessa reelaboração.

Tem uma frase de Oscar Wilde que nos ajuda a pensar muito sobre autoestima:
 

Ou seja, o único amor que dura para o resto da vida é o amor próprio. Então se não sabe onde o seu foi parar depois de tanto tempo de relacionamento, jogue um balde no poço de suas emoções e memórias e resgate quem você é de melhor e recomece a viver.

Um forte abraço com muita paz e luz!

Um ótimo recomeço.

sábado, 19 de novembro de 2016

Existe vida fora do Facebook?

Olá gente, tudo bom com vocês?
Eu estou legal, mesmo diante de tudo que acontece no mundo a nossa volta. Hoje no nosso divã vamos conversar um pouco sobre exposição nas redes sociais e o poder das novas mídias em nossas vidas.
Alguém pode perguntar que tema é esse no nosso momento de terapia, mas estamos precisando mesmo falar sobre o quanto as novas tecnologias estão impactando nossa vida, nossa rotina e nossa família.
Inicialmente quero dizer que sou admiradora da inventividade humana. Investigo faz tempo essa temática e já ministrei disciplinas na pós-graduação sobre cibercultura e novas mídias.
Um dos livros que eu acho bacana para quem quer aprender sobre a evolução dos meios de comunicação é Uma história social da mídia: de Gutemberg a internet, dos historiadores Asa Briggs e Peter Burke. Fica a dica para quem quiser se aprofundar na discussão.

Como sou uma imigrante digital, foi apenas na transição do século XX para o século XXI que comecei a ter contato mais forte com a internet e o computador. Depois eles se transformaram em importantes ferramentas para meu trabalho e diversão. Em 2005 entrei no Orkut, atendendo ao convite da filha de uma amiga. Em poucos meses já tinha quase mil amigos, a maioria ex-alunos e adorava receber os depoimentos e ver as comunidades abertas para mim por eles.
Em 2007 li uma matéria numa revista de grande circulação sobre uma nova rede social norte-americana que estava chamando atenção das celebridades: Facebook. Curiosa, fiz meu perfil e na época as postagens eram em inglês, pois apenas meus penpals (correspondentes estrangeiros) usavam a mesma rede. Porém nos anos seguintes, o Orkut foi perdendo sua força e o Facebook conquistando novos adeptos, de forma que em pouco tempo, muitos já tinham migrado de uma rede para outra. Eu permanecia nas duas, mas com mais atenção para o Facebook.


E aí, comecei a perceber que as coisas tinham sido modificadas drasticamente. Não era apenas uma mudança de uma rede para outra, as pessoas passaram a usar a nova rede em busca de compaixão pelas suas dores, likes para suas fotos e enviar indiretas ou diretas grosseiras e má educadas, que jamais fariam frente a frente de seus desafetos temporários. Rapidamente, a nova rede se configurou em um espaço de super exposição de problemas, de hábitos de consumo, ataques religiosos e políticos e pior, de uma realidade falseada e maquiada.

Enfim, depois de tantas reflexões, eu e meu amor marido deixamos o Facebook e fomos viver a vida de antes das redes sociais. Reaprendemos o valor de acompanhar boas séries, de visitar sites e blogs legais, retomamos o hábito da leitura antes de dormir, trouxemos para as crianças a importância dos jogos em família, desde Detetive e Quest até Jogo da Vida ou War Mitológico, voltamos a convidar nossos amigos para tomar um café conosco em nossa casa e melhor, reduzimos bastante a exposição de nossas vidas e dos meninos para pessoas estranhas. Ou seja, relembramos que existe vida fora do Facebook.

Não custa nada cada um tentar também. Nem tudo de bom ou de ruim que acontece em nossas vidas precisa ser compartilhado com uma multidão que em nada pode nos apoiar ou ajudar. No fim das contas, a chegada na maturidade me ensinou que nossos melhores amigos contamos entre os dedos das mãos, não entre seguidores ou amigos do Facebook.



Um super abraço para vocês. Vou ali na feira livre ver pessoas, sentir aromas e me abastecer dos frutos da terra.

Beijos e muita luz.
Andreia Regina

 


domingo, 6 de novembro de 2016

De quantas canecas você precisa para ser feliz?

Olá gente, tudo bem com vocês?
Eu estou bem, já nem acreditando que estamos a menos de 60 dias para o final do ano de 2016.
Estou confiante que vou reescrever uma nova história em 2017, e para fazer um roteiro de sucesso para boas mudanças na vida resolvi colocar as coisas em ordem aqui na nossa casita antes de qualquer transformação.
Uma delas foi me informar mais sobre como ter apenas aquilo que amamos e que nos é útil em nossa casa. E fui aconselhada por grandes especialistas sobre os cuidados de nosso lar, a Marie Kondo e Cynthia Townley Ewer.


Cynthia Townley Ewer





Com o livro de Cynthia Townley Ewer aprendi o quanto é importante cada coisa ter o seu lugar dentro de nossa casa. Para minha família isso é um grande desafio, pois temos livros demais, filmes demais, jogos demais e quando menos esperamos, algo ficou no meio do caminho e num lugar diferente do que da última vez. Indico para quem quer aprender também rotinas de limpeza e organização. Comprei o meu na Livraria Leitura, em João Pessoa.











Marie Kondo




A mágica da arrumação, quem me apresentou foi o aplicativo de leitura de e-books da Saraiva. Apareceu na minha biblioteca uma amostra grátis do primeiro capítulo e eu de imediato fiquei interessada na obra. Mas preferi comprar o livro no formato impresso, inclusive para poder emprestar e ajudar outras pessoas interessadas no exercício do desapego para melhorar a organização da sua casa. Comprei meu exemplar na Saraiva do Midway Mall, um dos shoppings de Natal.

A última aquisição foi Isso me traz alegria. Mais uma vez Marie Kondo nos mostra como é importante desapegar de presentes, cartas, fotografias, e principalmente livros. Amei a leitura e foi ele quem me impulsinou a colocar em prática a necessidade de manter apenas aquilo que amamos e que é importante na nossa vida.

Então a partir das leituras e reflexões dos três livros resolvi atacar um problema por vez. O primeiro ponto foi a nossa biblioteca. São três estantes de livros, mais nichos e livros espalhados nas mesas de escritório, na sala de visita e muitos nos quartos. Um verdadeiro paraíso para neerds, geeks, crianças, adolescentes e especialistas em ciências humanas, mas de fato, o que é essencial em nossa biblioteca? Foi essa a pergunta que levei para cada pessoa da família e pedi para que eles escolhessem aquilo que não querem mais ler. Com o amor-marido, foi complicado. Manteve 90% de seus livros, o que pouco ajudou na mudança programada. Os meninos seguiram o mesmo caminho do pai e restou apenas para minha pessoa fazer a seleção das obras que deviam ficar. Resultado: Uma estante vazia e muitas caixas de livros para doação, venda e presente.


http://www.huffingtonpost.com/lisa-parkin/4-ya-book-trends-to-look-_b_5999458.html



O problema seguinte para ser atacado foi a coleção de canecas. Quando eu era solteira tinha apenas duas canecas e vivia muito bem com esse par de companheiras para café e chá. Mas com o casamento, as canecas mantiveram um relacionamento harmonioso e foram se multiplicando, chegando à quantidade de 26 canecas para apenas quatro pessoas. Então busquei primeiro entender porque tínhamos tantas canecas e percebi que 12 delas eram conjuntos que ganhamos em nosso casamento, mesmo não tendo feito essa sugestão em nossa lista :]
Elas então foram distribuídas para uma vizinha, minha mãe e meu irmão. Duas canecas se transformaram em porta lápis e as demais guardamos por terem sido presentes de amigos, parentes e das crianças.
Claro que acho coleções fantásticas, mas existe uma hora que precisamos tomar uma decisão mais racional sobre a cultura material que nos cerca e perceber se de fato vamos usar todos aqueles objetos que possuímos.

http://viajeaqui.abril.com.br/materias/colecionadores-junho-2013

Ainda não vou postar fotos das transformações aqui em casa, mas assim que tudo estiver na forma que desejo e de acordo com os métodos ensinados por Kondo e Ewer prometo que mostro para vocês.
E vocês? Do que precisam desapegar?

Um forte abraço e muita luz.
Andreia Regina



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