quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Pais, limitem os eletrônicos na vida de seus filhos

Olá gente, tudo bem? Por aqui as coisas começam a ganhar novos ares e depois explico melhor, mas hoje quero conversar sobre uma dificuldade que estou vivendo aqui com o enteado-filhote e que deve ser a de vocês também.
Como vocês sabem, leio e pesquiso sobre cibercultura faz uns anos e sempre acreditei no potencial pedagógico das novas mídias, principalmente quando elas são utilizadas para dar aquela força na lição, auxiliar na coleta de dados, ou entreter com algum bom documentário ou jogo educativo, entretanto, na maior parte do tempo, elas são usadas exclusivamente para jogos e redes sociais.
O meu enteado-filhote tem hoje 9 anos, e desde antes dos dois anos que temos a guarda compartilhada dele (e a guarda das responsabilidades e compromissos financeiros). Então, sempre procurei ser protagonista na educação e criação dele com meu marido e temos tido algum sucesso, principalmente na escola, onde somos queridos e elogiados por nossas orientações acertadas na vida dele.
Pois bem, alguns dias atrás percebi ele muito ansioso para ficar no computador e jogar Roblox (que eu mesma indiquei para ele), porém, o apelo do jogo em trazer os super heróis em gráficos parecidos com Minecraft tem deixado ele ansioso demais, o que me chamou atenção. 
Assim, resolvi limitar o uso de eletrônicos por 4 horas ao dia. O que é equivalente ao tempo que ele fica na escola. A reação dele foi bem chata, reclamou do limite e que precisa ficar mais tempo jogando.
Regra mantida, fomos para o dia 2 e aí veio a surpresa, o garotinho ficou até 22h no computador jogando Roblox e depois que falamos que estava na hora de desligar, perguntou se podia usar o celular e quando dissemos não, ouvimos ele choramingar no quarto.

Hoje, dia 3, meu enteado-filhote acordou antes das 6 da manhã e ficou sentado no hall esperando alguém para pedir permissão para usar o computador ou Netflix na TV. Mais uma vez fui incisiva em dizer que o combinado são quatro horas de eletrônicos diárias e que ele só usaria qualquer mídia após brincar com seus bonecos e brinquedos. Mais choramingos na cama e uma hora depois ele retorna com a previsão que poderá usar por duas horas na manhã e mais duas horas pela noite.
Ufa, parecia que estava sendo fácil, até que após uma hora de Netflix ele pede de novo para usar o computador e recebe um sonoro não. Depois perguntei se na casa da mãe dele havia um computador disponível por 4 horas para ele e quando me disse que não tinha, pedi para ele pensar o quanto estava sendo abusado conosco.
O que estou relatando para vocês é algo que muitos pais nem questionam ou procuram controlar. O número de horas que uma criança ou adolescente fica em contato com as novas mídias pode interferir não só apenas em suas atividades intelectuais e críticas, mas, comprometer o desenvolvimento de seu cérebro diante de tantos estímulos eletrônicos por tantas horas seguidas.
Eu passei a minha infância migrando da TV para o rádio e por muitas madrugadas, levantava para ver TV ou ouvir música na FM 96 enquanto meu pai roncava. Resultou tudo isso numa dificuldade no crescimento, tendo em vista que eu estava sempre acordada na hora do "hormônio do crescimento".
O que fazer então? programar melhor as atividades, oferecer gibis, HQs para os adolescentes, livros e revistas podem ser uma alternativa também. Hoje dei para ele 3 gibis da Turma da Mônica que comprei no Sebo do Irmãozinho por 2,00 cada.
Outra dica é resgatar no fim de semana, um jogo de tabuleiro para entreter toda a família, ou um jogo com bola, ambos podem ajudar a unir mais do que cada um na sua telinha preta.
Confesso que meu terceiro dia não foi fácil com ele, mas também digo que é bom saber que estamos contribuindo para que ele tenha outras experiências na infância e fique pelo menos maior do que eu (risos).
Comentem as dificuldades de vocês e vamos nos fortalecer na importante tarefa de criar seres humanos melhores.

Um cheiro em todos e até loguinho.
Andreia Regina

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Voltando para a faculdade: segunda licenciatura

Olá queridos, tudo bom? Faz tempo que a gente não conversa, mas o sumiço aqui foi por um bom motivo: comecei uma segunda licenciatura em pedagogia.
Aos 40 anos, começar um novo curso universitário é um desafio gigante,  principalmente quando já se tem uma carreira consolidada com um doutorado, mas, por ser professora da educação básica, percebi que fazia falta uma formação em ciência da educação. Ora, meu ensino médio já tinha sido na modalidade magistério, então, estou apenas fechando o ciclo que comecei 25 anos atrás.
Quando anos atrás alguém começava uma faculdade, eu era a primeira à questionar por qual razão a pessoa não tinha optado por uma pós-graduação.

Quando terminei o meu curso de licenciatura e bacharelado em História, passei dois anos fora da academia e depois resolvi retornar para cursar filosofia. Passei 30 dias no curso da UFRN e lá mesmo comecei a questionar a necessidade de uma segunda formação docente.
Passados tantos anos, a nova geração e a sociedade da informação exigem um novo tipo de profissional que precisa demonstrar domínio de várias áreas diferentes e eu, diante desse imperativo do novo tempo, decidi ser pedagoga e atuar na defesa da escola pública.
As moças de nossa postagem de hoje foram pintadas pela grandiosa Anita Maffalti.
Um grande beijo e até logo.
Andreia Regina

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