segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Ano novo, novas resoluções

Olá pessoal, tudo bom?
Como foi a virada de ano novo para vocês?
Espero que tenha sido tranquila e baseada em novas decisões e grandes resoluções, afinal, um ano novo para ser inteiramente novo necessita de promessas, juras e grandes comprometimentos de mudanças. Mas se a gente parar para analisar o que prometeu para 2017, será que cumprimos tudo?
Eu prometi ler mais romances e ficção científica, mas permaneci mergulhadas nos livros de História, Pedagogia, Sociologia e Psicologia. Porém, mantive a promessa de me manter fora do Facebook através de um perfil pessoal e foram  365 dias de "liberdade".
A palavra "liberdade" ganhou aspas porque encontrei novos carcereiros para meu escasso tempo: o Instagram, a maior rede social de compartilhamento de imagens e o jogo para tablets e smartphone, The Sims freeplay. O jogo é uma grande franquia da EA e sou jogadora do game para PC desde 2012, quando encontrei nele uma válvula para os momentos chatos da escrita da tese de doutorado. Mas o Instagram? O que tem de errado nele? Nada demais, apenas uma leve compulsão para checar as atualizações a cada meia hora e a preocupação em produzir imagens, histórias, ou stories todos os dias.
E quando veio a percepção que eu estava me mantendo refém deles? exatamente na semana de Natal. Eu estava participando do desafio do Natal no jogo The Sims freeplay para conquistar um chalé com tema natalino. Foram 11 dias me dedicando a cumprir com as tarefas e desafios, inclusive levando o tablet na bolsa para na hora do almoço, atender o jogo. No dia 24 de dezembro, quando faltavam apenas algumas horas para conquistar o prêmio principal, o jogo passou por uma atualização e aí percebi que ele não estava conectado no meu perfil de jogadora no Facebook. Todo o progresso de 11 semanas de jogo havia sido perdido, inclusive o trabalho e tempo nos últimos 11 dias de dezembro. Fiquei desolada inicialmente e depois chocada com minha tristeza, afinal era só um jogo, mas eu havia colocado energia, tempo e isso era o que naquele momento me aborrecia. Foi nessa hora que percebi que o problema não estava no jogo e sim na jogadora e deletei o jogo naquele minuto.
Passei uma semana inteira reelaborando aquilo na minha mente de forma que no quinto dia após ter deletado o jogo, pensei em reinstalar e retomar minhas conquistas. Mas aí veio a semana do Natal e isso mexeu muito comigo, principalmente por ter que organizar a ceia das famílias minha e do meu esposo e está muito preocupada em checar as atualizações no Instagram. Tenho perfil na rede social desde 2012, quando voltei de viagem de Minas Gerais e resolvi compartilhar alguns momentos das cidades históricas que conhecemos. Mas nunca eu havia passado tanto tempo olhando as atualizações, stories e curtindo sem ao menos refletir se aquela era uma boa foto, um bom momento para se compartilhar ou até mesmo que não estava fazendo aquilo por uma espécie de pena. E aí esse episódio da série da Netflix Black Mirror me veio a mente: Nosedive.


A arte do artista plástico Butcher Billy ilustra um dos episódios da Série Black Mirror que mais representa nossa obsessão pelas redes sociais. A reflexão aqui é a mesma apresentada no episódio: quanto do que postamos é sobre o que vivemos e quanto é sobre o que idealizamos da vida? quantas vezes mostramos algo que de fato não sentimos? um presente que não gostamos? um livro que não lemos? uma roupa que colocamos junto com um sorriso forçado apenas para fazer uma selfie?




É tempo de interromper essa queda livre nas redes sociais e tirar férias delas para viver as coisas simples da vida. Minha resolução de ano novo é reduzir as postagens no IG, me manter longe do The Sims Freeplay e checar menos as mensagens do WhatsApp. Afinal, se alguém tem uma real necessidade de lhe comunicar algo útil, bom e agradável, isso vai chegar até você. Para quem é fã da Série, ótimos posters nesse site:https://www.behance.net/gallery/45410423/Black-Mirror-Minimalist-Posters

Boas férias e um ótimo 2018 de maior imersão nas coisas que possuem um verdadeiro sentido para nossas vidas.
Feliz 2018 e que possamos continuar por aqui, compartilhando aquilo que é bom, bonito e nos eleva para o bem.
Beijos:
Andreia Regina

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